Quarta-feira, 19 de Setembro de 2007
Está causando enorme polêmica o artigo de Ali Kamel, publicado no Globo
(18.set.2007)
terrível. O jornalista denuncia um livro didático, distribuído gratuitamente
pelo MEC a 750 mil alunos da rede pública, de dar inveja aos panfletos
utilizados na Revolução Cultural Chinesa de Mao Tsé-Tung... altamente
elogiada no livro!
Sim, a Revolução Cultural Chinesa, que "reeducava ideologicamente"
humilhando, matando, etc. é apresentada "como uma experiência socialista
muito original", durante a qual, pelas mãos da Guarda Vermelha, eram
combatidos e presos os "politicamente esclerosados"
Mao Tse-tung, o homem responsável por 70 milhões de mortes, é apresentado
como grande herói, grande estadista e comandante militar que amou muitas
mulheres e por elas foi correspondido.
Claro, não podiam faltar os elogios à Revolução Cubana, a seu líder Fidel
Castro e até ao paredón.
O regime comunista da União Soviética, que Bento XVI, ainda quando Cardeal
qualificou da "vergonha de nosso século", é apresentado no livro didático
como um "regime de sonho" para nós do Terceiro Mundo, onde o desenvolvimento
econômico e a distribuição de renda criavam uma sociedade onde nada faltava
a ninguém.
Ali Kamel mostra bem como a "Nova História Crítica" da 8ª série é de dar
medo:
"Apenas uma tentativa de fazer nossas crianças acreditarem que o capitalismo
é mau e que a solução de todos os problemas é o SOCIALISMO, que só fracassou
até aqui por culpa de burocratas autoritários. ....
De que forma nossas crianças poderão saber que Mao foi um assassino frio de
multidões? Que a Revolução Cultural foi uma das maiores insanidades que o
mundo presenciou, levando à morte de milhões? Que Cuba é responsável pelos
seus fracassos e que o paredão levou à morte, em julgamentos sumários, não
torturadores, mas milhares de oponentes do novo regime? E que a URSS não
desabou por sentimentos de inveja, mas porque o socialismo real, uma
ditadura que esamaga o indivíduo, provou-se não um sonho, mas apenas um
pesadelo? Nossas crianças estão sendo enganadas, a cabeça delas vem sendo
trabalhada, e o efeito disso será sentido em poucos anos. É isso o que
deseja o MEC? Se não for, algo precisa ser feito, pelo ministério, pelo
congresso, por alguém".
Fonte:
http://radardamidia
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